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Mensagem do Dia:

Mensagem do dia: Quem não se ama não sabe amar ninguém!!
Versículo do dia: "Não são as pessoas sadias que precisam de médico, mas as doentes. Eu não vim pra chamar justos, mas sim pecadores".

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Advento, a realização e confirmação da Aliança

É uma trajetória que passa pela fidelidade a Deus e ao próximo

            Começamos novo Ano Litúrgico e um novo ciclo da liturgia com o Advento, tempo de preparação para o nascimento de Jesus Cristo no Natal. É hora de renovação das esperanças, com a advertência do próprio Cristo, quando diz: “Vigiai!”, para não sermos surpreendidos.
            A chegada do Natal, preparado pelo ciclo do Advento, é a realização e confirmação da Aliança anunciada no passado pelos profetas. É a Aliança do amor realizada plenamente em Jesus Cristo e na vida de todos aqueles que praticam a justiça e confiam na Palavra de Deus.
            Estamos em tempo de educação de nossa fé, quando Deus se apresenta como oleiro, que trabalha o barro, dando a ele formas diversas. Nós somos como argila, que deve ser transformada conforme a vontade do oleiro. É a ação de Deus em nossa vida, transformando-a de Seu jeito.
            Neste caminho de mudanças, Deus nos deu diversos dons conforme as possibilidades de cada um. E somos conduzidos pelas exigências da Palavra de Deus. É uma trajetória que passa pela fidelidade ao Todo-poderoso e ao próximo, porque ninguém ama a Deus não amando também o seu irmão.
            O Advento é convocação para a vigilância. A vida pode ser cheia de surpresas e a morte chegar quando não esperamos. Por isso é muito importante estar diuturnamente acordado e preparado, conseguindo distanciar-se das propostas de um mundo totalmente afastado de Deus.
            Outro fato é não desanimar diante dos tipos de dificuldades e de motivações que aparecem diante nós. Estamos numa cultura de disputa por poder, de ocupar os primeiros lugares sem ser vigilantes na prestação de serviço. Quem serve, disse Jesus, é “servo vigilante”.
            Confiar significa ter a sensação de não estar abandonado por Deus. Com isso, no Advento vamos sendo moldados para acolher Jesus no Natal como verdadeiro Deus. Aquele que nos convoca a abandonar o egoísmo e seguir Jesus Cristo.
           Preparar-se para o Natal já é ter a sensação das festas de fim de ano. Não sejamos enganados pelas propostas atraentes do consumismo. O foco principal é Jesus Cristo como ação divina em todo o mundo.


Saiba mais sobre o Advento
Dom Paulo Mendes Peixoto
Bispo de São José do Rio Preto

sábado, 26 de novembro de 2011

Discurso do Papa ao Pontifício Conselho para os Leigos - 2011 - na íntegra

Boletim da Sala de Imprensa da Santa Sé
(tradução de Leonardo Meira - equipe CN Notícias)



Discurso
Aos participantes da Assembleia Plenária do Pontifício Conselho para os Leigos
Sala Clementina
Sexta-feira, 25 de novembro de 2011


Senhores Cardeais,
Venerados Irmãos no Episcopado e no Sacerdócio,
Queridos irmãos e irmãs!


             Estou feliz por encontrar a todos vós, membros e consultores do
Pontifício Conselho para os Leigos, reunidos para a XXV Assembleia Plenária. Saúdo de modo particular o Cardeal Stanisław Ryłko e agradeço-o pelas cordiais palavras que me dirigiu, bem como a Dom Josef Clemens, secretário. Uma cordial boas-vindas a todos, de modo especial aos fiéis leigos, mulheres e homens, que compõem o Dicastério. O período transcorrido desde a última Assembleia Plenária empenhou-vos em várias iniciativas, entre as quais gostaria de recordar o Congresso para os Fiéis Leigos da Ásia e a Jornada Mundial da Juventude de Madri. Foram momentos muitos intensos de fé e de vida eclesial, importantes também na perspectiva dos grandes eventos eclesiais que celebraremos no próximo ano: a XIII Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização e a abertura do Ano da Fé.
            O Congresso para os Leigos da Ásia foi organizado no ano passado em Seul, com o auxílio da Igreja na Coreia, com o tema "Proclaiming Jesus Christ in Asia Today" (Proclamando Jesus Cristo na Ásia Hoje). O vastíssimo continente asiático hospeda povos, culturas e religiões diversas, de antiga origem, mas o anúncio cristão chegou até agora somente a uma pequena minoria, que não raramente vive a fé em um contexto difícil, às vezes também de verdadeira perseguição. O Congresso ofereceu a ocasião aos fiéis leigos, às associações, aos movimentos e às novas comunidades que trabalham na Ásia, reforçar o compromisso e a coragem para a missão. Esses nossos irmãos testemunham de modo admirável a sua adesão a Cristo, deixando entrever como, na Ásia, graças à sua fé, se estão abrindo para a Igreja do terceiro milênio vastos cenários de evangelização. Aprecio que o Pontifício Conselho para os Leigos esteja organizando um análogo Congresso para os Leigos da África, previsto para o Camarões no próximo ano. Tais encontros continentais são preciosos para dar impulso à obra de evangelização, para reforçar a unidade e tornar sempre mais saudáveis os laçoes entre Igrejas particulares e a Igreja universal.
             Gostaria, além disso, de atrair a atenção à última Jornada Mundial da Juventude em Madri. O tema era a fé: "Enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé" (cf. Col 2,7). E, verdadeiramente, pude contemplar uma multidão imensa de jovens, reunidos entusiasmados de todo o mundo para encontrar o Senhor e viver a fraternidade universal. Uma extraordinária cascata de luz, de alegria e de esperança iluminou Madri, mas também a velha Europa e o mundo inteiro, repropondo de modo claro modo claro a atualidade da busca de Deus. Ninguém pôde permanecer indiferente, ninguém pôde pensar que a questão de Deus seja irrelevante para o homem de hoje. Os jovens do mundo inteiro esperam com anseio poder celebrar as Jornadas Mundias a eles dedicadas, e sei que já começou o trabalho para o evento no Rio de Janeiro, em 2013.
             A esse propósito, parece-me particularmente importante terdes desejado afrontar este ano, na Assembleia Plenária, o tema de Deus: "A questão de Deus hoje". Não deveremos nunca nos cansar de repropor tal pergunta, de "recomeçar de Deus", para dar novamente ao homem a totalidade das suas dimensões, a sua plena dignidade. De fato, uma mentalidade que andou difundindo-se no nosso tempo, renunciando a toda a referência ao transcendente, demonstrou-se incapaz de compreender e preservar o humano. A difusão desta mentalidade gerou a crise que vivemos hoje, que é crise de significado e de valores, antes que crise econômica e social. O homem que busca existir somente positivisticamente, no calculável e mensurável, no fim, fica sufocado. Nesse quadro, a questão de Deus é, em um certo sentido, "a questão das questões". Essa reporta-nos às questões de fundo do homem, às aspirações de verdade, de felicidade e de liberdade inerentes ao seu coração, que buscam uma realização. O homem que desperta em si a questão de Deus abre-se à esperança, a uma esperança confiável, pela qual vale a pena enfrentar o cansaço do caminho no presente (cf.
Spe salvi, 1).
             Mas como despertar a questão sobre Deus, para que seja a questão fundamental? Queridos amigos, se é verdade que "o início do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa" (
Deus caritas est, 1), a questão sobre Deus é despertada pelo encontro com quem tem o dom da fé, com quem tem uma relação vital com o Senhor. Deus é conhecido através dos homens e mulheres que o conhecem: a estrada rumo a Ele passa, de modo concreto, através de quem a encontrou. Aqui o vosso papel de fiéis leigos é particularmente importante. Como observa a Christifideles laici, é essa a vossa específica vocação: na missão da Igreja "... lugar de relevo, em razão da sua 'índole secular', que os empenha, com modalidades próprias e insubstituíveis, na animação cristã da ordem temporal" (n. 36). Sois chamados a oferecer um testemunho transparente da relevância da questão de Deus em cada campo do pensar e do agir. Na família, no trabalho, bem como na política e na economia, o homem contemporâneo tem necessidade de ver com os próprios olhos e de tocar com as mãos como, com Deus ou sem Deus, tudo muda.
             Mas o desafio de uma mentalidade fechada ao transcendente obriga também os mesmos cristãos a tornar de modo mais decidido a centralidade de Deus. Às vezes, preocupa-nos que a presença dos cristãos no social, na política ou na economia resulte mais incisiva, e talvez não tenhamos nos preocupado com a solidez de sua fé, como se fosse um dado adquirido de uma vez por todas. Na realidade, os cristãos não habitam um planeta distante, imune às "doenças" do mundo, mas partilham das turbulências, desorientação e dificuldades do seu tempo. Por isso, não é menos urgente repropor a questão de Deus também no mesmo tecido eclesial. Quantas vezes, não obstante o se definir cristãos, Deus, de fato, não é o ponto de referência central no modo de pensar e de agir nas escolhas fundamentais da vida. A primeira resposta ao grande desafio do nosso tempo está, portanto, na profunda conversão do nosso coração, para que o Batismo que nos tornou luz do mundo e sal da terra possa verdadeiramente transformar-nos.
             Queridos amigos, a missão da Igreja tem necessidade da contribuição de todos os seus membros e de cada um, especialmente dos fiéis leigos. Nos ambientes de vida em que o Senhor vos chamou, sede testemunhas corajosas do Deus de Jesus Cristo, vivendo o vosso Batismo. Por isso, confio-vos à intercessão da Beata Virgem Maria, Mãe de todos os povos, e de coração concedo a vós e aos vossos queridos a Bênção Apostólica.


quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Sexo: Na visão cristã, ele não é como hoje muitos querem fazer crer!

           Há, felizmente, mais de 600 sites católicos na Internet e grande é a oportunidade para se responder às inúmeras questões sobre a religião, filosofia e história.
          Por outro lado, percebe-se um profundo desconhecimento da Bíblia Sagrada, pois algumas questões, se o Livro Santo fosse lido, relido, estudado, não seriam colocadas. Um
a delas é onde está escrito, na Bíblia, que não se pode usar o sexo fora do casamento. Esquecem-se de que os mandamentos dados pelo próprio Deus a Moisés são a vereda da libertação. Entre eles estão o sexto e o nono mandamentos: 'Não pecar contra a castidade' e 'Não desejar a mulher do próximo' (cf. Ex 20,2-17; Deut 5,6-21).
           Jesus, em inúmeras passagens de Sua pregação, urgiu o cumprimento destes preceitos; é só ler com atenção o Evangelho. Isto foi muito bem entendido, tanto que diz São Paulo: 'Nem os impudicos, nem idólatras, nem adúlteros, nem depravados, nem de costumes infames, nem ladrões, nem cobiçosos, como também beberrões, difamadores ou gananciosos terão por herança o Reino de Deus (lCor 6,9; Rom 1l,24-27). O Apóstolo condena a prostituição (1Cor 6,13ss, 10,8; 2Cor 12,21; Col 3,5). É preciso, de fato, sempre evitar os desvarios da carne. O corpo do cristão, criado pelo Ser Supremo e informado por uma alma espiritual, é santificado, consagrado ao Senhor pelos sacramentos, sobretudo, pelo batismo, confirmação e sagrada comunhão.
            O batizado é membro do corpo místico de Cristo, pois o corpo é santuário de Deus que habita nele pela graça batismal. Cumpre, então, ao discípulo de Jesus conservar o seu corpo em pureza e santidade. O corpo humano é, realmente, uma das obras mais extraordinárias de Deus. Nele, tudo é bom e valioso. Nele, não existe nada que seja desprezível ou pecaminoso. Além de todas as maravilhas que encantam os cientistas, este corpo é, de fato, o Templo do Espírito Santo (1Cor 3,16s; 2Cor 6,16). Cristo foi claro: 'Se alguém me ama, meu Pai o amará. Viremos a Ele e faremos n'Ele nossa morada' (Jo 14,23).
            Ora, guardar castidade significa fazer um reto uso das faculdades sexuais que Deus colocou no nosso corpo. A castidade é uma atitude correta diante do sexo, ou seja, conservar e usar as forças do sexo dentro do plano de Deus. Para isto é mister perceber qual é o sentido profundo e valor exato da sexualidade. Deus preceituou que o homem deixaria o pai e a mãe e se uniria à sua mulher, formando uma só carne (Gên 2,24). Ele havia dito: 'Não é bom que o homem esteja só, far-lhe-ei uma auxiliar igual a ele (Gen. 2,18). O Criador abençoou Noé e seus filhos e lhes ordenou: 'Sede fecundos, multiplicai, enchei a terra'(Gên. 9,1).
            O sexo está destinado, portanto, à união e ao crescimento no amor, possibilitando a criação de uma nova vida humana. Na visão cristã, o sexo não é como hoje muitos querem fazer crer, algo que se possa usar fora dos planos divinos. Ele foi feito para o matrimônio e o matrimônio foi elevado à sua prístina dignidade por Jesus Cristo, como está claríssimo no Evangelho (Mt 5,32).  
             Jesus proclamou: 'Bem-aventurados os puros, porque eles verão a Deus'. Muitos, felizmente, são os jovens que, imbuídos do Espírito Santo, se conservam puros até o dia do casamento, apesar de toda esta onda de erotismo que envolve, infelizmente, o mundo de hoje.

Felipe Aquino